Com o grande aumento no diagnóstico de obesidade e diabetes e a consciência do impacto negativo que essas doenças trazem para a vida das pessoas, surgiu-se a necessidade de buscar novas terapias. Sabemos que alimentação balanceada e prática regular de atividade física são os pilares do tratamento, entretanto muitas vezes é necessário lançar mão de alguma medicação.
O GLP-1 (Glucagon-like Peptide-1) é um hormônio que é produzido pelo nosso intestino, liberado na presença de glicose, e que sinaliza ao cérebro que estamos alimentados, diminuindo o apetite. Ele também aumenta a secreção de insulina, inibe a secreção de glucagon e a produção hepática de glicose, aumenta a sensação de saciedade e possui ações indiretas sobre o tecido adiposo e sobre o sistema cardiovascular.
Os análogos de GLP-1 são medicamentos que agem de forma semelhante ao hormônio natural, pois possuem uma estrutura química muito parecida, com a vantagem de não precisarmos estar alimentados.
Atualmente, temos disponível no mercado os seguintes análogos:
- Liraglutida: Victoza® (para diabetes) e Saxenda® (para obesidade)- ambos de aplicação diária, via subcutânea. A principal diferença entre eles é a dose, Victoza chega a 1,8mg, enquanto a dose máxima diária de saxenda é de 3,0mg;
- Semaglutida: Ozempic® (para diabetes) – o estudo para seu uso em casos de obesidade está em andamento. Aplicação semanal.
- Dulaglutida: Trulicity® (para diabetes) – Aplicação semanal.
Como sabemos, diabetes e obesidade são doenças que costumam andar juntas, então a terapia com medicamentos análogos ao GLP-1 é um importante aliado.
Para saber mais sobre uso e entender se eles se adequam ao seu caso clínico, agende sua consulta comigo.
Fontes: ABESO e Diabetes, Obesity and Metabolism Journal.
– Dra. Stéphanie Cozzolino
Endocrinologista e Clínica Médica.
